Diplomacia

2011-05-23 #Brasil troca votos na OAS para eleger juiz na Corte Internacional de Justiça

"Brasil vê Dinah Shelton de maneira muito favorável, mas pode ter que votar em outro candidato para pagar obrigações adquiridas em outra eleição." (09BRASILIA422)

Um relatório do dia 2 de Abril de 2009, chancelado pela Embaixada Estado-unidense em Brasília, enviado à Secretaria de Estado dos Estados Unidos explica a situação da representação brasileira na OAS (Organização dos Estados Americanos com sede em Washington, fundada em 1951 para promover paz, justiça, solidariedade e colaboração entre os países americanos) nas eleições daquele ano para a Comissão de Direitos Humanos.

O documento entitulado 'Promovendo a candidata estado-unidense para a Comissão de Direitos Humanos da OAS' aponta que Marcia Adorno, chefe da divisão de Direitos Humanos do Ministério do Exterior Brasileiro, no dia 2 daquele mês reconheceu que estava familiarizada com o impressionante currículo da candidata norte-americana Dinah Shelton.

No entanto, Adorno reconheceu que maquinações pendentes com outros três países para eleger o juiz brasileiro Antonio Augusto Cançado Trindade para a Corte Internacional de Justiça (sediada em Hague, Holanda, em atividade desde 1945, e orgão judiciário principal das Nações Unidas) no mês anterior, não a possibilitavam fornecer uma resposta naquele momento. Cançado, de 1999 a 2003, havia sido presidente da mesma Corte Direitos Humanos da OAS.

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